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quarta-feira, 14 de abril de 2010


O preconceito com relação às pessoas portadoras de doenças neurológicas, vai do ambiente familiar às relações externas.  A exclusão social pode chegar à igreja, instituição que levantou a primeira bandeira para os excluídos e, no entanto, cancela a matrícula de catequese de uma criança, por ela ser portadora de doença neurológica.
Observa-se que os portadores de deficiências não possuem estímulos para saírem de casa, uma vez que não têm condições de acesso ideal, não tendo também acesso ao mercado de trabalho que ainda não eliminou as barreiras para a contratação de pessoas nessas condições, apesar de exigências legais.  
Pessoas como Valquíria Donizetti de Morais (Policial Militar ) de 29 anos, portadora de A.V.C. / E, provocado pelo stress, anda de cadeira de rodas há cinco anos, recebe atendimentos de fisioterapia e  fonoaudiologia. Ainda não se recuperou totalmente. [ 7 ]
Como conseqüência, é inevitável perceber muitas vezes a dificuldade de se locomover com independência, devido aos altos custos do que tem disponível no mercado, como exemplo adaptações para carros, chegando ao valor de R$ 2.000,00, o que é quase impossível para muitos.
Percebe-se um alto custo também no caso de adaptações para o trabalho de um portador de deficiência no que se diz respeito a hardware, e muitas vezes não chega a encontrar mercadoria.
Há casos como o de  Ronaldo Correia Júnior com diferentes limitações físicas e a fala comprometida, através dos pés se tornou webdesigner usando teclado. [ 8 ]  Sabe-se que, outras pessoas já conheceram o caso de Ronaldo e várias entrevistas foram feitas sobre o desenvolvimento dele para o mundo exterior através da tecnologia. Em Visita a Bruxelas, na Bélgica, para uma entrevista em um centro de reabilitação para deficientes, Ronaldo ganhou um teclado com letras um pouco mais separadas que seria supostamente para facilitá-lo a teclar com os dedos dos pés.  Não funcionou. Nos dias de hoje ainda não se pensa nisso quando são fabricados os computadores.  [ 9 ]
As tecnologias recentes no mercado, cita a designer, Cristiane Lima Santos, que as roupas com sensores para tetraplégicos, “permitem que os mesmos possam se movimentar com comandos do cérebro”. Com certeza isso é bem útil para fisioterapia, pois o fisioterapeuta, em geral, pede que a pessoa pense no movimento (comando mental), enquanto ele move o membro da pessoa [ex.: se quer se reeducar o movimento de abrir e fechar o braço esquerdo, a pessoa tenta fazer esse movimento (pensando nele, mesmo sem conseguir) enquanto o fisioterapeuta abre e fecha o braço para a pessoa].
Na verdade ela amplifica os sinais elétricos emitidos pela pele, durante movimentação muscular. [ 10 ]
O mercado lança a cada dia novas tecnologias a fim de facilitar e incluir estes clientes.  Observa-se que apenas 1% da população tem este poder de compra, e grau de independência suficiente para serem consumidores.  Este número tende a crescer com a pressão da sociedade pela inclusão social do deficiente e a efetiva fiscalização da lei de cotas.   A lei 8213/91 obriga as empresas que têm a partir de cem empregados a contratar de 2% a 5% de portadores de deficiência para seus quadros.
A inclusão social não se faz por concessão, deferência ou favor de qualquer pessoa ou autoridade. A era da exclusão das chamadas minorias é coisa ultrapassada. Algumas pessoas ainda não se deram conta disso. [ 11 ]

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